Após registrar um superávit de US$ 6,164 bilhões no mês de setembro, o maior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997, a balança comercial brasileira deverá fechar o ano com um saldo de US$ 55 bilhões, superior em US$ 6,9 bilhões ao superávit acumulado no ano de 2019. Os dados foram divulgados hoje (01) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No mês passado, as exportações totalizaram US$ 18,459 bilhões, com uma retração de 9,1%, enquanto as importações tiveram uma queda bem mais acentuada (-25,5) e somaram US$ 12,296 bilhões. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) teve um recuo de 16,4%.
A partir dos números de setembro, a Secex projeta para 2020 uma redução de 6,5% para as exportações que deverão alcançar o montante de US$ 210,7 bilhões. Em relação às importações, a expectativa é de uma redução de 12,2%, resultando num fluxo de US$ 155,7 bilhões.
Ao divulgar os dados da balança comercial de setembro, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão(foto), afirmou que as novas projeções levam em conta, do lado das exportações, a melhora nos preços dos bens embarcados, com destaque para o minério de ferro, que em setembro atingiu US$ 80 a tonelada, o que corresponde a um crescimento de 25%.
Do lado das importações, o que prevaleceu na estimava foi a retomada da economia doméstica, com crescimento das compras de insumos eletroeletrônicos, que figuram como grande destaque nas importações realizadas pelo país.
Herlon Brandão disse ainda que “tivemos exportação crescente até junho, graças aos volumes embarcados, e após esse período as vendas se mantiveram estáveis. O câmbio também teve seus efeitos no comércio exterior”.
Importações caem o dobro das exportações
De janeiro a setembro, as importações caíram o dobro das exportações. No período, os embarques ao exterior, de US$ 156,780 bilhões, tiveram uma queda de 7%. Já as compras externas, de US$ 114,336 bilhões, diminuíram 14%. O superávit no período foi positivo em US$ 42,445 bilhões, ante US$ 35,974 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, segundo a Secex.
Foram registradas quedas nas importações dos principais mercados fornecedores do Brasil. As aquisições de produtos da Ásia diminuíram 10,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e as compras dos Estados Unidos e da Argentina tiveram reduções, respectivamente, de 18,4% e 28,5%.
As exportações brasileiras caíram para os principais mercados de destino nos nove primeiros meses do ano, à exceção da Ásia. As vendas para o mercado asiático subiram 11,7% no período. Para a China, a alta foi de 14,1%. Os chineses são os maiores clientes do agronegócio brasileiro.
Fonte: comex
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