Auxílio Emergencial e PIX foram inovações de grande impacto viabilizados em 2020, além da prova de vida digital dos aposentados do INSS
O governo brasileiro ultrapassou os 500 serviços transformados em digitais durante a pandemia de Covid-19. Foram 515 serviços priorizados desde março de 2020. Além de digitalizar serviços públicos já existentes, como o Seguro Desemprego do Empregado Doméstico e a prova de vida dos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por reconhecimento facial, foram lançados outros exclusivamente na forma on-line, como o Auxílio Emergencial e o PIX.
“Tive a felicidade de utilizar a prova de vida digital este ano e foi extremamente ágil”, conta o superintendente de banco Mauro Elysio Tavares de Mello, 56 anos, de Niterói (RJ). “Após a modificação que fizeram no processo da prova de vida, consegui fazer pelo celular sem nenhum grau de dificuldade. Foi absolutamente autoexplicativo e muito simples o preenchimento de dados e depois as fotos, de acordo com o que o tutorial do aplicativo indica que seja feito”, prossegue Tavares de Mello. “É uma solução e uma ajuda muito importantes, principalmente para os mais idosos, uma vez que não precisam mais se locomover de suas residências e ir a locais públicos nos quais pode haver problema devido à pandemia”, acrescenta.
Para realizar a prova de vida com reconhecimento facial, pelo celular, ele utilizou o aplicativo lançado em abril deste ano pelo governo federal, o Meu gov.br, e que desde então vem sendo testado em múltiplas funções. No aplicativo, por exemplo, o usuário já pode dispor também da Carteira Digital de Trânsito.
“Existe um processo de atendimento e de relacionamento por intermédio do digital que o Estado naturalmente deveria fazer. Tudo o que é digital fica mais transparente, mais preciso, mais rastreável, bem mais eficiente do que aquilo que é análogico”, ressalta o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade. “O Estado melhora com o uso do digital e isso impacta na população. Exatamente aí vem o que chamamos de transformação digital. É da natureza do Estado ser digital para atender melhor”, pondera.
Hoje, dos 4 mil serviços do governo federal, 2,6 mil já estão digitalizados. Entre os digitalizados, 1.084 foram nos últimos 24 meses, entre eles a Carteira de Trabalho Digital e a Carteira Digital de Trânsito, os dois serviços são os aplicativos de governo mais solicitados pela população brasileira.
Mais próximo do cidadão
A pandemia acabou acelerando ainda mais a digitalização, que já era uma ação prioritária de governo. Com a impossibilidade de parte da população de sair de casa ou receber atendimento presencial em agências ou unidades do governo, foram revistos cronogramas de entregas e priorizados aqueles serviços que, digitalizados, evitariam mais aglomerações e beneficiariam os públicos mais necessitados. É o caso, por exemplo, da prova de vida do INSS.
“A crise removeu enfim a ideia de que o digital era uma opção, algo que poderia ser deixado para mais tarde. Mostrou a todos a realidade de que o digital é para agora, por ser, muitas vezes, a única alternativa”, destaca o secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro. “Em 2020, nos tornamos mais fortes, mais tecnológicos, mais capazes de responder aos grandes desafios da população com políticas públicas baseadas em dados e evidências. O digital aproximou o governo do cidadão e o cidadão do governo”, afirma o secretário.
Reconhecimento
A transformação digital brasileira já rendeu o reconhecimento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo formado por algumas das nações mais desenvolvidas do mundo –, que classificou o Brasil na 16º posição em seu Índice de Governo Digital. O Brasil ficou acima da média dos países da OCDE e superamos nações como Alemanha, Estônia, Países Baixos, Áustria e Irlanda.
Já na Pesquisa ONU Governo Eletrônico 2020, o Brasil avançou para o nível “muito alto” de desenvolvimento de governo eletrônico. O país continua avançando na oferta de serviços online. Agora é o 20º entre 193 nações, e o 1º lugar nesse quesito na América do Sul e 2º nas Américas, à frente de nações como Canadá, Chile e Uruguai e atrás somente dos Estados Unidos.
Fonte: MINISTERIO DA ECONOMIA
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