Falta menos de um mês para o Dia dos Pais, e o comércio já está se preparando para mais esta data especial. “É uma data em que todos são beneficiados, basta se preparar”, afirma Thiago Oliveira, palestrante, mentor em vendas e dono de uma rede de lojas em Minas Gerais, a Cabloca.
Segundo Oliveira, o Dia dos Pais apresenta oportunidades de negócios para todas as lojas, mesmo as que não tem produto masculino.
“Vou dar alguns exemplos: uma loja de flores pode fazer parceria com uma cervejaria e vender uma cesta cheia de flores com garrafas de cerveja dentro; e um açougue pode fazer uma cesta especial para o churrasco do Dia dos Pais ou uma cesta com acompanhamentos para o almoço. Uma loja infantil pode premiar o pai que mais presenteou o filho na quinzena anterior ao Dia dos Pais; e uma papelaria pode criar um kit para presentear o pai que trabalha em escritório. Todos têm potencial muito grande de vendas, basta querer”, destaca o varejista.
Para vender na data, o ideal é que o varejista planeje a campanha com antecedência. Entretanto, apesar de sua proximidade, ainda é possível montar uma campanha de Dia dos Pais. Comece agora mesmo o plano de ação para recuperar o tempo perdido e lembre-se: o seu concorrente não está parado.
“O dono de loja arrepia quando eu falo de planejamento, porque eles gostam da execução. Só que para executar bem, eu preciso planejar”, lembra Oliveira.
Planejamento
O planejamento pode ser dividido em três etapas: 1) motivo; 2) mensagem; e 3) movimento. Os três “M’s”, estratégia criada por Thiago Oliveira, facilitam o desenvolvimento das campanhas. O motivo vai atrair o cliente, além de fazer parte da definição do tema da campanha (Ex.: quinzena do pai herói”). Oliveira recomenda que o tema só seja definido depois que a campanha já estiver fechada.
Por meio do M de mensagem, a empresa vai determinar a forma e o meio pelo qual se comunicará com o seu cliente. Utilizará o Instagram, ou um carro de som, ou um grupo no WhatsApp?
“Existem duas maneiras de o cliente se lembrar da gente: a repetição, que é você ficar postando vídeo no stories, enviando link para compras, entre outras atividades parecidas; e a emoção, com um vídeo que toque o coração dos pais, mostrando a relação com os filhos e contando uma história bonita. A repetição é algo chato, então evite ficar toda hora mandando a mesma coisa”, ensina Thiago Oliveira.
Por fim, com o M de movimento, os varejistas estipulam as metas de vendas, deixam claro quais produtos quer vender, definem se vão oferecer vouchers, ou seja, criam as ações da empresa para a data. Por exemplo, podem planejar o café do super pai, no qual pais e filhos vão juntos. “Isso motiva o ambiente a funcionar melhor”, afirma o empreendedor.
Na rede social, a live gera movimento e é uma oportunidade de falar com o cliente em tempo real, onde quer que ele esteja, e de mostrar seus produtos e trazê-lo para dentro da sua loja.
“A estratégia dos 3 “M’s” pode, e deve, ser explorada também em outras datas que não o Dia dos Pais. Quanto mais você fizer, melhor você vai ficar e, claro, mais campanhas atraem mais clientes. Por isso, é importante fazer o planejamento anual”, diz Oliveira, que acrescenta: “sugiro que no primeiro dia de trabalho no ano, o empreendedor pegue o calendário e selecione as datas das campanhas – o ideal é que faça duas por mês –, e com isso, já vai saber quando começar a trabalhar cada uma delas”.
Shopper
Nesta data comemorativa, as lojas não vendem apenas produtos para os homens. As mulheres também compram, e muito. Elas querem estar bem-vestidas para os almoços especiais ou para algumas eventuais saídas à noite.
“Não existem desculpas, toda loja se beneficia e deve participar ativamente de todas as datas especiais, até porque um negócio impulsiona o outro. Quando você vai na rua fazer uma compra, olha outras vitrines, outras promoções. Então, aproveite”, afirma o empresário.
Ainda há as mães que fazem o papel de pai. As lojas podem criar promoções especiais para estas mulheres. Por exemplo: “mãe, este dia também é seu. Feliz Dia dos Pais”. “É uma mensagem que toca a emoção”, aponta Thiago Oliveira.
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