Segunda a Febraban, uso de cheques no Brasil teve queda de 93,4%
desde o início da série histórica, em 1995.
O uso do cheque já vinha minguando no Brasil desde a popularização do uso dos cartões de crédito e débito. O Pix foi mais um forte golpe – mas os talões ainda resistem.
Segundo a federação dos bancos, a compensação de cheques caiu 93,4% desde 1995, quando a contagem começou a ser feita. Ainda assim, tem gente que não abandona o uso.
Seu Arnaldo, de 68 anos, faz uso de todas as formas de pagamento, mas prefere pagar em cheque as compras de maior valor.
“Gosto do cheque para compras a prazo [parceladas] porque o cartão, se a gente não cobrir [pagar] no dia, ele aumenta por conta dos juros,” diz o agricultor.
O produtor Misael Nobre, de 59 anos, ainda recebe pagamentos em cheque. Segundo ele, mesmo eles representem apenas 10% do faturamento, ele segue aceitando a forma de pagamento, pois precisa atender ao público mais velho.
"Desde o começo aceito cheques, transferências e o Pix, que é o mais usado. Vou manter o cheque, porque tem muita gente que não é habituado com a tecnologia ou não tem grau [escolar] para entender dessas coisas", diz empreendedor.
Segundo a Febraban, com o avanço dos formatos de pagamento digitais, o uso de cheques tem sido cada vez menor.
No primeiro semestre de 2022, o número de cheques compensados no Brasil chegou a 103,9 milhões, uma queda de 13,8% em relação ao mesmo período de 2021 (120,6 milhões). O número ainda pode parecer grande. Mas, no mesmo período, foram 9,74 bilhões de transações pelo Pix, totalizando R$ 4,66 trilhões.
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, o cliente bancário tem optado por outros meios de pagamento – em especial os canais digitais, que hoje são responsáveis por 70% das operações bancárias no país.
"A crescente digitalização do cliente bancário foi impulsionada também pela entrada em funcionamento do Pix, em novembro de 2020”, afirma.
Por Aline Macedo, g1
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