O novo consumidor está cada vez mais preocupado em como as suas ações vão impactar o mundo e o meio ambiente. Por esse motivo, mudaram seus hábitos, preferindo produtos verdes e locais e também práticas que envolvam mais sustentabilidade. Nesse cenário, as iniciativas de sustentabilidade do seu negócio podem interferir na decisão de compra dos seus clientes e a aquisição de novos consumidores.
Estudo divulgado pela APAS (Associação Paulista de Supermercados) mostrou que 95% dos brasileiros têm preferência por produtos, serviços e marcas que investem em sustentabilidade. E atenção, a pesquisa também revelou que 64% dos brasileiros deixam de consumir ou até de frequentar um local após ouvir sobre atitudes antiéticas ou pouco sustentáveis daquele local.
“Além de oferecer produtos que atendam suas necessidades, os consumidores têm optado por marcas que investem em programas de preservação ambiental e responsabilidade social e que a sustentabilidade não está apenas no discurso”, explicou o diretor-geral da APAS, Carlos Corrêa, sobre esse movimento apontado na pesquisa.
Esse novo movimento de consumo vai além de produtos alimentares e entra nas penteadeiras e armários de banheiro e nos potes de produtos de beleza e cuidados pessoais. A WGSN – consultoria internacional especializada em identificar tendências, especialmente no mercado da moda e consumo –, realizou um levantamento sobre os comportamentos e questões que transformarão o mercado até 2025 e uma das 5 tendências é a “natureza como CEO” do seu negócio. Segundo a pesquisa, “as empresas precisarão repensar os modelos de negócio tradicionais, colocando a natureza no centro das operações”, ou seja, o meio ambiente e os impactos que podem ser causados nele ou que já foram causados determinarão as decisões da empresa.
Produtos verdes e produção limpa
A mudança de consumo e produção já pode ser sentida e encontrada no mercado, que cada vez mais se especializa e se adapta. É o que vemos na marca brasileira de cosméticos naturais e veganos Simple Organic, que intensifica seus esforços por uma beleza cada vez mais livre, limpa, democrática e acessível a todos os públicos.
Patricia Lima, que é fundadora da marca, conta um pouco da sua visão e da urgência que sentiu para criar uma linha de cosméticos que fosse mais limpa e acessível. “Somos pioneiros em Clean Beauty. Sustentabilidade não é tendência aqui dentro, é urgência. Desde a fundação da marca, em 2017, carregamos a missão de democratizar a beleza limpa de alta performance e através dessa ação conseguimos apresentar produtos para os apaixonados por skincare e também para quem desejar conhecer os cosméticos naturais”.
Esse é um movimento de todas as gerações e idades, que levantam essa bandeira e se tornam clientes mais conscientes. Consomem marcas e produtos que são mais sustentáveis e investem em tecnologia limpa e que não agrida o meio ambiente e nem façam o uso de animais em testes de laboratório.
Como adaptar essas mudanças para o seu negócio?
1 – Comece aos poucos: veja o que pode ser substituído dentro da loja por materiais mais sustentáveis e recicláveis;
2 – O que o consumidor quer: escute a demanda dos seus clientes e procure fornecedores que trabalham com marcas alinhadas aos valores deles, especialmente aquelas com linha de produção limpa, embalagens recicláveis e componentes biodegradáveis;
3 – Seja um ponto de referência: em sua loja, incentive o consumo consciente e faça parceria com empresas ou cooperativas que realizam coleta seletiva de materiais específicos, como potes de skin care e vidros vazios de produtos, para que possam ser reciclados, reaproveitando a matéria-prima já extraída da natureza e produzindo menos lixo e, consequentemente, poluição;
4 – Conhecimento é poder: invista em cursos para aprender como tornar o seu negócio mais sustentável e treine sua equipe para receber essa nova mudança.
A transformação não é feita do dia para noite, mas se todo mundo plantar essa semente hoje, todos poderão desfrutar de um futuro melhor.
*Com informações da WGSN, Consumidor Moderno, da Simple Organic e da APAS.
Edição: Fernanda Peregrino
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