Exportações brasileiras para a China ultrapassaram US$100 bilhões em 2023. Estudo feito pela ApexBrasil apresenta 400 oportunidades comerciais no gigante asiático
Brasília – Principal parceiro comercial do Brasil, a China ainda é um mercado com inesgotáveis oportunidades para as empresas exportadoras brasileiras. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgou nesta segunda-feira (01) o Perfil de Comércio e Investimentos China, que elenca 400 oportunidades comerciais para uma vasta gama de produtos brasileiros no mercado chinês. A relação inclui, entre outros bens, carnes bovina e suína, café, açúcar, castanhas, cacau em pó, pescados, sucos de frutas, pimenta, feijão, couro e pedras preciosas e semipreciosas.
A China é o principal destino das exportações do Brasil. Em 2023, as vendas brasileiras para o país ultrapassaram, pela primeira vez, o valor de US$100 bilhões, mais precisamente US$ 104 bilhões, e a corrente comércio bilateral chegou a US$ 157,5 bilhões.
No último ano, o Brasil foi o principal fornecedor de soja, carne bovina, celulose, milho, açúcar e carnes de aves ao país asiático. Além disso, tivemos a segunda maior participação de mercado nas vendas de minério de ferro, atrás apenas da Austrália, e de algodão bruto, atrás dos Estados Unidos.
Entre 2019 e 2023, o crescimento médio do valor exportado para a China (13,3%) superou o aumento médio da totalidade das exportações brasileiras para o mundo no mesmo período (11,3%). Nos últimos quatro anos, todas as principais exportações brasileiras para o mercado chinês tiveram crescimento médio positivo, com destaque para o milho, que cresceu, em média, mais de 320% por ano.
Oportunidades
Apesar de a China já ser uma importante parceira do Brasil, ainda há espaço para crescimento e diversificação da pauta exportadora. Por isso, o estudo traz também informações sobre as 400 oportunidades comerciais identificadas pelo Mapa de Oportunidades – plataforma exclusiva da ApexBrasil – para diversos produtos, incluindo carnes bovina e suína, café, açúcar, castanhas, cacau em pó, frango, pescados, sucos de frutas, pimenta, feijão, couro e pedras preciosas e semipreciosas, entre outros.
Acesso a mercado
A Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP), assinada em 2020 entre 15 países da região Ásia-Pacífico, representa mais de 30% do PIB e quase 1/3 da população mundial, e é o principal acordo do qual a China faz parte atualmente. O exportador brasileiro deve ficar atento a medidas não tarifárias para ingressar neste mercado, considerando que o Brasil não possui acordo de livre comércio com o país.
O estudo destaca o fim da medida antidumping contra o frango brasileiro, que correspondia a uma sobretaxa entre 17,8% e 34,2% sobre o valor do produto importado, de acordo com as empresas exportadoras.
Investimentos
Além de ser a principal parceira comercial, a China é, também, a principal investidora da Ásia no Brasil e a 8º maior considerando todos os países. O estoque de IED da China no Brasil atingiu um valor de US$ 37,1 bilhões em 2022, representando um crescimento de US$ 6,6 bilhões (21,6% em comparação a 2021).
Em 2023, a China anunciou 24 novos projetos greenfield no Brasil, o que, em termos de número de projetos, significa um crescimento de 84,6% em comparação ao mesmo período de 2022. Destacam-se os anúncios da nova fábrica de componentes elétricos da Trina Solar na Bahia, estimado em US$ 118 milhões, e o investimento da SAIC Motor em Minas Gerais, estimado em US$ 108 milhões.
Na seção sobre investimentos, o estudo traz mais detalhes sobre os setores principais nos quais a China investe no país.
Link de acesso à íntegra do estudo: https://apexbrasil.com.br/content/apexbrasil/br/pt/solucoes/inteligencia/estudos-e-publicacoes/perfil-de-comercio-e-investimentos/perfil-de-comercio-e-investimentos—china—2024.html
(*) Com informações da ApexBrasil
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